top of page
  • Foto do escritorDra Maria Amélia Bogéa

Entenda como a ansiedade pode estar relacionada à resistência à insulina

Atualizado: 21 de nov. de 2022


Você sabia que a ansiedade pode desencadear um fator de risco para desenvolver a resistência à insulina?


O cortisol é considerado o hormônio do estresse e desempenha funções importantes no organismo. Ele é um hormônio que atua no sistema imunológico, auxilia na capacidade de fuga, controle do estresse e até mesmo no controle da insulina. Embora possua funções importantes para o organismo, o aumento da produção de cortisol, pode estar associado com alterações de processos fisiológicos e até mesmo com a resistência à insulina.


A ansiedade é um sintoma muito frequente nos dias atuais e está muito associada com a elevação do hormônio cortisol. Além disso, hábitos alimentares ocidentalizados, rotina de vida estressante, descanso e sono deficiente, são alguns dos fatores que podem aumentar os níveis plasmáticos deste hormônio. Em contrapartida, o aumento da ansiedade também é capaz de elevar os níveis de cortisol, gerando portanto um ciclo vicioso.


O hormônio cortisol tem capacidade de aumentar a glicose sanguínea, este processo ocorre pois as moléculas de glicose que estão armazenadas nas células pancreáticas são liberadas no sangue visando fornecer energia para o organismo em situações de estresse. A ansiedade é consoante à elevação deste hormônio, e quando se apresentam elevados este processo de liberação de glicose acontece de maneira exacerbada. A elevação constante da glicemia provoca o aumento da liberação da insulina, para que o organismo consiga colocar a glicose presente no sangue para dentro da célula, para ser utilizada como fonte de energia.


O cortisol elevado no organismo está negativamente associado ao aumento da função das células beta pancreáticas que promovem o aumento da liberação de insulina, gerando consequentemente uma hiperinsulinemia. Este processo exacerbado desencadeia potenciais mecanismos compensatórios acarretando por fim resistência à insulina.


O hormônio insulina ajuda a controlar a quantidade de glicose no sangue, no entanto com a resistência à insulina, as células do corpo não respondem normalmente, e os receptores deste hormônio nas membranas das células passam a não reconhecer o mesmo. Devido a este processo a glicose não consegue entrar nas células como deveria e então se acumula no sangue, podendo futuramente caracterizar um quadro de diabetes do tipo II.


Referências bibliográficas:

JOSEPH, Joshua J.; GOLDEN, Sherita H.. Cortisol dysregulation: the bidirectional link between stress, depression, and type 2 diabetes mellitus. Annals Of The New York Academy Of Sciences, [S.L.], v. 1391, n. 1, p. 20-34, 17 out. 2016. Wiley. http://dx.doi.org/10.1111/nyas.13217.

MORAIS, Jennifer Beatriz Silva; SEVERO, Juliana Soares; BESERRA, Jéssica Batista; OIVEIRA, Ana Raquel Soares de; CRUZ, Kyria Jayanne Clímaco; MELO, Stéfany Rodrigues de Sousa; NASCIMENTO, Ginivaldo Victor Ribeiro do; MACEDO, George Fred Soares de; MARREIRO, Dilina do Nascimento. Association Between Cortisol, Insulin Resistance and Zinc in Obesity: a mini-review. Biological Trace Element Research, [S.L.], v. 191, n. 2, p. 323-330, 7 jan. 2019. Springer Science and Business Media LLC. http://dx.doi.org/10.1007/s12011-018-1629-y.

Comments


bottom of page