A calvície é uma condição extremamente comum, principalmente entre os homens. Em alguns casos, a calvície pode representar um problema, na medida em que afeta a autoestima dos afetados, contribuindo para o desenvolvimento de inseguranças e problemas psicológicos. Em razão disso, muitos recorrem a alternativas terapêuticas, como o uso de soluções para crescimento capilar, cirurgias e medicamentos.
Entre as causas da calvície, está a produção excessiva de dihidrotestosterona (DHT), um hormônio andrógeno muito mais potente do que a testosterona. Entre as suas funções, estão o crescimento de pelos na face, engrossamento da voz e maturação sexual. A produção da DHT ocorre por meio da conversão da testosterona em DHT por meio da enzima 5-alfarredutase, presente em certos tecidos, como próstata, fígado e folículos pilosos. O problema é que, com o aumento excessivo desse potente hormônio, a sua atuação em regiões específicas do couro cabeludo (onde há maior presença de 5-alfarredutase) ocorre um afinamento dos folículos pilosos que, progressivamente, culmina com o cessar da produção de fios.
Mas, afinal, como age a finasterida no combate à calvície ?
A finasterida é um fármaco que atua inibindo a enzima 5-alfarredutase tipo 2, de modo a reduzir a produção de DHT. Com a menor privação desse hormônio, o processo de afinamento dos fios de cabelo descrito acima cessa. Em casos menos graves, pode ocorrer a produção de novos fios, revertendo o quadro. Sendo assim, quanto mais cedo o tratamento se inicia, melhores são os resultados. Mas antes de gastar o seu dinheiro e apostar nessa alternativa, é importante salientar que a finasterida trata casos relacionados com a ação exacerbada do DHT nos folículos, o que não cobre a totalidade das causas da calvície.
Sendo assim, o uso da finasterida NÃO é a solução para todos os tipos de calvície! Por isso, é fundamental a consulta com um médico especialista a fim de avaliar se esse medicamento é a alternativa certa para o seu caso.
Por fim, é importante ressaltar que a finasterida está relacionada a alguns efeitos adversos, como perda de libido, disfunção erétil (2 a 4%), diminuição do volume ejaculatório e ginecomastia. Além disso, outros efeitos como hipotensão ortostática e problemas psicológicos também estão relacionados com o uso deste fármaco, o que ressalta ainda mais a necessidade de um acompanhamento médico periódico antes, durante e após o tratamento.
REFERÊNCIAS:
PM, Zito ; KG, Bistas; K., Syed . Finasteride. 2021. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK513329/. Acesso em: 18 fev. 2022.
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