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  • Foto do escritorDra Maria Amélia Bogéa

INFLAMMAGING: Como a endocrinologia pode ajudar no envelhecimento?

Atualizado: 22 de nov. de 2022


Envelhecimento e doenças relacionadas com a idade compartilham alguns processos e mecanísticos básicos que em grande parte convergem para a inflamação. Durante o envelhecimento, a inflamação crônica de baixo grau se desenvolve, o que contribui para a patogênese de doenças relacionadas ao envelhecimento. Além disso, há um aumento da incidência de doenças crônicas relacionadas à idade, incluindo distúrbios metabólicos, como a síndrome metabólica, obesidade, diabetes mellitus tipo 2 e doenças cardiovasculares.

A principal característica dessa condição está na completa dissociação entre sinais e sintomas. A pessoa vive como se a sua saúde estivesse 100% em dia. No entanto, essa inflamação crônica é responsável por gerar as citocinas pró-inflamatórias.

Os órgãos mais vulneráveis a esse processo são as artérias, o intestino, as articulações, os sistemas hormonais e os hormônios. Todos esses sistemas são atacados por anos a fio sem que o organismo expresse sintoma algum.

Há uma evidência epidemiológica esmagadora de que se trata um estado, revelado por níveis elevados de biomarcadores inflamatórios, como proteína-C reativa, fator de necrose tumoral-alfa (TNF-alfa) e interleucina-6 (IL-6).

Estratégias preventivas e tratamento

Sendo assim, as intervenções que suprimem, previnem ou alteram a dinâmica da inflamação crônica são uma grande promessa para o tratamento ou prevenção de várias doenças relacionadas à idade.


O exército físico é proposto para diminuir a morbidade através da diminuição da inflamação crônica. Outrossim, se a imunossenescência é um forte impulsionador da inflamação crônica, estratégias para aumentar a função adaptativa do sistema imunológico podem ser importantes. Da mesma forma, métodos para manter ou restaurar a integridade intestinal e/ou microbiota .


Desta forma, mecanismos endocrinológicos como a reposição hormonal e/ou suplementação de substâncias como, por exemplo, melatonina, que possui grande capacidade antioxidante, podem ser interessantes para o tratamento e prevenção de comorbidades relacionadas ao avanço da idade.


O tratamento também baseia-se base em dieta apropriada que deverá ser indicada por nutricionista ou nutrólogo, suplementos vitamínicos de forma individualizada que minimizem o processo inflamatório, além da redução do estresse e atividades físicas regulares.



Referências:

FRANCESCHI, C., & Campisi, J. (2014). Chronic Inflammation (Inflammaging) and Its Potential Contribution to Age-Associated Diseases. The Journals of Gerontology Series A: Biological Sciences and Medical Sciences, 69(Suppl 1), S4–S9. doi:10.1093/gerona/glu057.

FRANCESCHI, C., Garagnani, P., Parini, P., Giuliani, C., & Santoro, A. (2018). Inflammaging: a new immune–metabolic viewpoint for age-related diseases. Nature Reviews Endocrinology. doi:10.1038/s41574-018-0059-4.


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