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Foto do escritorDra Maria Amélia Bogéa

Por que gerenciar o estresse é fundamental para mulheres após os 40 anos?

Atualizado: 21 de nov. de 2022


O estresse é uma resposta química do organismo a uma situação à qual somos expostos, este mecanismo pode ser ativado em vários cenários como quando você percebe uma ameaça, na presença de um grande desafio, por conta de substâncias químicas, e até mesmo por alguns hormônios presentes em todo o seu corpo. Nesse sentido, da mesma forma que o estresse pode ser benéfico em alguns casos, como nos momentos de luta ou fuga, este também pode ser prejudicial quando estamos expostos a situações estressantes de forma constante, ou seja, a longo prazo podemos ter efeitos negativos na saúde.


O hormônio do estresse, também conhecido como cortisol, é produzido pelas glândulas suprarrenais e age regulando uma variedade de funções metabólicas, imunológicas, homeostáticas, além de possuir um papel fundamental na regulação do comportamento social. Diante disso, é evidente que o estresse pode influenciar várias funções cognitivas e cerebrais, isso porque estão ligados diretamente a alterações na curva do cortisol.


Ainda assim, as modificações metabólicas que ocorrem durante o estresse asseguram a nossa sobrevivência, o problema é quando esse estresse é crônico. Uma consequência das alterações metabólicas, que acontecem por conta do estresse persistir no organismo por mais tempo, é o aumento da adrenalina, hormônio que faz constrição dos vasos sanguíneos e, consequentemente, resulta em um aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca. Com o aumento do cortisol pode ocorrer também alteração na glicemia e na resistência insulínica, além do aumento de apetite - o que pode favorecer o consumo exagerado de calorias, alimentos pouco nutritivos e intensamente calóricos, contexto que pode levar à obesidade.


Nesse sentido, é muito importante gerenciar o estresse durante toda a vida, principalmente quando falamos de mulheres após os 40 anos, por ser um momento em que o organismo feminino passa por tantas transformações, como a menopausa. Isso é importante, pois quando associamos o estresse com um desequilíbrio hormonal, as chances são maiores de desenvolver hábitos ruins de estilo de vida, especialmente em relação aos maus hábitos alimentares. Não o bastante, como o cortisol está estreitamente ligado ao emocional, uma boa forma de reduzi-lo se baseia em reduzir fatores e gatilhos que levam ao estresse e a ansiedade, como por exemplo, por meio da terapia psicológica e momentos de lazer.


Diante disso, para o manejo do estresse é importante identificar os agentes causadores e verificar formas de evitá-los. Manter uma rotina com uma alimentação saudável, ou seja, com uma dieta rica em alimentos minimamente industrializados e in natura, assim como uma boa noite de sono, pois dormir o suficiente também é fundamental para a resiliência e o alívio do estresse, além de aprender técnicas de meditação, como respiração profunda, também podem auxiliar na atenuação dos sintomas. Por fim, um passo muito importante para melhora do estresse é gerenciar seu tempo! É importante que você defina seus objetivos de acordo com suas prioridades alocando os recursos e tempo de maneira adequada para realizá-los.



REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

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