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Foto do escritorDra Maria Amélia Bogéa

Síndrome metabólica: o que é e como tratar?


Gerald Heaven foi um importante endocrinologista e professor da Faculdade de Medicina de Stanford que, em seus trabalhos, percebeu a ligação entre a obesidade, alterações na glicose sérica, colesterol e hipertensão. Essa “peça do quebra cabeças” é a chamada resistência insulínica. Trata-se de uma resposta reduzida a esse hormônio, cuja principal função é, a grosso modo, transportar a glicose da corrente sanguínea para os diversos tecidos do nosso corpo.


A partir deste ponto, hoje temos estabelecido o termo “Síndrome Metabólica” (SM) para designar as doenças as quais possuem sinais e sintomas interligados e originados a partir da resistência à insulina.


Critérios segundo o consenso Brasileiro sobre Síndrome Metabólica: Pelo menos três dos cinco critérios abaixo devem estar presentes:

  • Obesidade central – circunferência da cintura superior a 88 cm na mulher e 102 cm no homem;

  • Hipertensão Arterial – pressão arterial sistólica ³ 130 e/ou pressão arterial diastólica ³ 85 mmHg;

  • Glicemia alterada (glicemia ³110 mg/dl) ou diagnóstico de Diabetes;

  • Triglicerídeos ³ 150 mg/dl;

  • HDL colesterol £ 40 mg/dl em homens e £50 mg/dl em mulheres

A relevância de compreender o que é essa síndrome reside nos grandes riscos para a saúde que ela oferece. Isso porque, se comparados à população saudável, isto é, sem doenças crônicas, quem tem SM possui um índice de mortalidade geral duas vezes maior e uma mortalidade por doenças cardiovasculares até três vezes maior. O grande problema é, a SM pode ser assintomática, portanto, é importante se atentar aos fatores de risco:

  • aumento do peso, principalmente às custas do aumento da circunferência abdominal

  • histórico de diabetes em parentes próximos (carga genética)

  • níveis elevados de gordura no sangue

  • pressão alta.

  • Sedentarismo

Principalmente idosos, grupo o qual é comum o aparecimento de doenças como diabetes tipo 2 e hipertensão, é importante a realização periódica de exames, a fim de avaliar a pressão arterial, glicemia, triglicerídeos, entre outros.

O tratamento se dá principalmente mediante a mudança dos hábitos de vida, excluindo hábitos, como o sedentarismo e adotando um protocolo dietético específico. Além disso, frequentar um médico especialista é imprescindível para traçar essas estratégias, juntamente com os medicamentos mais adequados ao quadro apresentado. Com essa abordagem individualizada é possível retornar ao estado de saúde metabólica, sem apresentar tantos riscos relacionados à SM.


Referências:

A SÍNDROME METABÓLICA. 2007. Disponível em: https://www.endocrino.org.br/a-sindrome-metabolica/. Acesso em: 1 jan. 2022.


REN, Huina . Metabolic syndrome and liver-related events: a systematic review and meta- analysis. 2019. Disponível em: https://doi.org/10.1186/s12902-019-0366-3. Acesso em: 1 jan. 2022.


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