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Foto do escritorDra Maria Amélia Bogéa

Vitamina D e sua ação hormonal

Muitos pesquisadores defendem que a vitamina D (calciferol) deveria ser classificada

como um hormônio e não como uma vitamina. Afinal, esse nutriente é capaz de regular o

metabolismo ósseo e ainda exerce um papel imunomodulador. A forma ativa do calciferol é a

1,25 di-hidroxicolecalciferol. O rim sintetiza a forma ativa e o fígado sintetiza a

forma inativa da vitamina D.


A vitamina D aumenta a absorção intestinal de cálcio, reduz a excreção desse mineral

e ainda controla a atividade das células responsáveis por sintetizar e reabsorver o tecido ósseo

– são células conhecidas por osteoblasto e osteoclasto, respectivamente. Nos outros tecidos –

cérebro, pâncreas, coração, intestino grosso etc. – esse hormônio estimula a diferenciação e

inibe a proliferação celular.


Em relação ao sistema imunológico, sabemos que a vitamina D é capaz de: potencializar a atividade antimicrobiana de macrófagos e monócito; romper a integridade de alguns vírus que causam infecções respiratórias, tornando-os incapazes de invadir as células onde provocariam a infecção; regular a autoimunidade; fortalecer a barreira epitelial da córnea e do intestino; reduzir a inflamação; e reduzir radicais livres.


Outra função importante da vitamina D é a ação de modulação gênica. Estudos sugerem que a deficiência de vitamina D está associada a uma alteração gênica que favorece o desenvolvimento da resistência à insulina, obesidade e diabetes. Alguns estudos sugerem ainda que a vitamina D atua na secreção de insulina, na secreção de hormônios da tireoide e na regulação da pressão arterial.


É possível obter vitamina D a partir da dieta, da exposição à luz solar (20 minutos de

exposição equivale à suplementação de 15.000 UI) e da suplementação. Peixes, leite

fortificado e ovos são alimentos que contêm esse nutriente.


A suplementação de vitamina D deve ser feita apenas com o acompanhamento de um

profissional da saúde – médico ou nutricionista. Afinal, a toxicidade pelo excesso de

suplementação predispõe o desenvolvimento de cálculos urinários e de calcificação de

tecidos moles, como o coração, o pulmão, os vasos sanguíneos e os rins.


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